Nem tudo é o que parece ser, e dessa vez Pinóquio não mente sobre seu legado.
Dirigido pelo cineasta italiano Matteo Garrone, o live-action de “Pinóquio” promete contar um outro lado da história do boneco de madeira, surpreendendo os espectadores com a verdade sombria por trás de um clássico que marcou gerações.
A premissa inicial da trama é basicamente a mesma do desenho, onde o solitário marceneiro Gepeto (Roberto Benigni) tem o grande desejo de ser pai, e deseja que Pinóquio (Federico Ielapi), o boneco de madeira que acabou de construir, ganhe vida.
Mas, quando seu pedido é atendido, a desobediência do jovem brinquedo faz com que ele se perca de casa e embarque em uma jornada repleta de mistérios e seres mágicos, que o levará a conhecer de fato os perigos do mundo de uma forma diferente de tudo que já foi mostrado antes, agora sem censura.
Além de questões como maquiagem e figurino, um dos grandes pontos do filme é na belíssima e simples fotografia, criando um destaque entre os personagens da fábula e os cenários da Itália de uma forma mais realista – apostando em cores mais frias e monótonas.
Criando mais realismo e ousadia em um filme repleto de surpresas, Matteo Garrone consegue trazer um diferencial mais obscuro e humano para a adaptação do filme clássico que todos nós já conhecemos, retratando com fidelidade a história italiana e outros aspectos do livro que não foram explorados na animação da Disney de 1940 – tudo isso com extrema excelência.
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